segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Em branco


A segunda-feira chega e me ameaça. Devo escrever. Com aquela dose generosa de humor; rir é o que todos querem. Ou quase.
E eu que prefiro escrever sobre os outros, me pego olhando pra dentro em busca de sei lá o que, porque na verdade, não tenho muito a dizer. Não hoje, não nessa segunda-feira.
O Raimundo Sodré me dizia (quando mesmo meu Deus?, acho que foi sábado) sobre essa coisa de inspiração. Ele é poeta, faz com que as palavras tenham cheiro de patchoulli, de mato verde, com a textura de bordado delicado. Eu, sou só uma falastrona que nem sempre acha assunto. Ou graça.
Passo a vista nos versos do Ronaldo Franco, adoro ler sobre a Cidade Velha. Quase ouço aquele finzinho da chuva gotejando...Adoro chuva. O Alcyr Guimarães me brinda com palavras sobre uma segunda-feira qualquer. E então aspiro um pouco esse clima, justo a inspiração do papo do Sodré, e vou emprestando um tantinho de cada um, um tantinho do outro; as notas, o céu azul e as borboletas de um; as rimas e as sinas de outro, e a chuva, ah...a chuva...e os poetas vão me fazendo teclar; mais um pouco, mais um pouco...

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