segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dudu não passa aqui - (em Belém)












Nas fotos: Esquinas da Alcindo Cacela com Mundurucus, e da Quatorze de Março com Pariquis. Na outra, a imunda feira do Jurunas. O Duciomar não passa por lá!

Dudu não passa aqui! (Vera Cascaes)
A se considerar votos, Duciomar Costa teve carreira invejável nos pleitos que venceu com a maioria, depois de chegar à Câmara dos Vereadores com modestos 1.384 eleitores. Até quando ficou em segundo, fez “bonito”, foram 1.021.516 para o Senado no calcanhar de Ana Júlia. Em 2000 tirou a forra e venceu-a, apesar da mal explicada participação em consultas oftalmológicas. Belém tinha, então, 894.204 eleitores e 420.280 (58,28%) resolveram que isso não tinha nenhuma importância e elegeram-no Prefeito. Em clima de alegria; cantarolavam a musiquinha grudenta (Dudu, Dudu, Dudu... Duciomar!), imaginando bons tempos após a administração modesta de Edmilson Rodrigues – então no PT- e que ficou conhecida como “1,99” (Diziam que os projetos eram de peculiar mau gosto e careciam de qualidade na execução. E tome praça!). O povo votou - eu votei!- em “Dudu” com confiança; o novo prefeito tinha a opinião pública a seu favor, bastava gostar do trabalho e se interessar pela cidade - e pelos munícipes. Quem diria! Hoje muitos têm saudades da “época do Edmilson”, quando a coleta de lixo era exemplar e a prefeitura não enfrentava tantos escândalos. Aliás, Edmilson (Psol) hoje, pode até agradecer parte dos 85.412 votos a Duciomar, um recado que “éramos felizes e não sabíamos”, arre. Nem a ex- esposa do prefeito conseguiu se eleger; mais que recado, um tapa.
Francamente, não entendo como um político pode jogar na lama (mesmo), um currículo com tantos votos apesar do resto? Como pôde deixar Belém virar essa coisa mal cheirosa e suja, onde quase nada se salva? E finalmente, como a gente permite que isso aconteça assim, sem propor cassação, sem panelaço, sem espernear? Somos coniventes e já se disse que pior que os maus, são os bons que nada fazem a respeito. Omissão também é crime!
Não há muito a comemorar nessa administração, mas a lamentar... Um negócio mal feito nos deixou sem um bem localizado hospital. O prédio está caindo aos pedaços como a saúde do povo – eleitores! – que não tem a quem pedir socorro. Mas Duciomar... Não precisa passar lá.
Duciomar virou mau exemplo de administração, sinônimo de obras mal planejadas e abandonadas. A hoje famigerada Vinte e Cinco de Setembro é um acinte, com retornos bloqueados, sem respeito ao traçado, com curvas impossíveis para qualquer direção. Apesar de estar “largada”, vão abrir novo e perigoso cruzamento. Duciomar? Não passa por lá.
Pariquis, o melhor acesso até Batista Campos, virou um pesadelo de alagados, com fossas abertas, despejando fezes na lama. O fedor é insuportável, o comércio pena sem fregueses e o povo – eleitores, Duciomar, eleitores! - mete o pé na... Merda, mesmo. Mas Duciomar não passa por lá.
O trânsito é um caos, os guardas só aparecem para multar, e daí? O Dudu não passa por lá ou outro lugar qualquer.
A feira que fica no Complexo (?) do Jurunas é absurdamente no-jen-ta. Urubus e ratos nas montanhas – enormes – de restos pútridos de caranguejo, peixe, frango e tudo o mais, que fede muito. Quando chove, a coisa piora, mas Dudu também não passa por lá.
E a as chuvas ainda nem começaram!
Poderia descrever dezenas daquilo que a prefeitura classifica como “pontos críticos” e diz que vai tomar providências, “pois o povo é que é sujo”. Mas Dudu não passa por Belém, só nas raras inaugurações (meia dúzia de aparelhos toscos para ginástica) ou em alguma homenagem montada para um filminho de propaganda. Onde anda Duciomar? Não sei e já não quero saber; a resposta “chapa branca” não me interessa, bem como o que acha quem tem rabo (ou contracheque) preso; opinião e pescoço, cada um com o seu... O que sei é que o futuro é na outra esquina e por Deus, torço para que nela Dudu não passe nem perto! Se estiver, cravo noutra opção!

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