Gato nos telhados.
Lidamos com nossos relacionamentos das maneiras mais variadas.
Algumas pessoas eliminam quem já fez parte de seus dias – não cumprimentam nem em velório de parente. Outras, conseguem um meio-termo salutar, uma relação elegante.
Há quem esqueça que em seus arquivos existe uma pasta chamada “passado”, e, para desespero de quem está no presente, cercam-se de todos os “exs”.
Homens não aceitam isso de suas parceiras, que não devem ter “passado” e pronto.
Porém muitos a-do-ram a comunhão com amigas, todas ex-alguma-coisa.
Arthur, é extremamente gentil, mais do que o normal, com to-das as mulheres que passaram mais que uma semana em sua companhia. Chama-as de “meu anjo” – muito prático, assim, nem se esforça para lembrar o nome de quem está pendurada, no outro lado da linha.
É convocado quando o pneu fura, as cólicas aparecem, o gato sobe no muro ou um parente falece na Albânia. Solidariedade é com ele.
É o rei da carona – tem sempre que levar ou deixar alguma mulher, em algum lugar.
Tenta fazer o gênero sincero e atende as ligações na frente da namorada, pois assim, acha que não haverá como discutir sua fidelidade.
E após um tête-à-tête – não podemos negar que o apolo é sedutor – procura no celular ligações não atendidas e retorna cada uma.Na frente da que se acha titular e ainda está procurando as calcinhas.
Titular? Sim, como todo time que se preza, o banco de reservas é disputado.Ruim, é ser tão somente, a “capitã” desse time.
Acontece que mulher adora ser enganada, meu bem!
Vai dividir o belo e os minutos que ele oferece, até perceber que sobra um pedacinho, pouco maior do que o “das outras”.
Aí, já é “um pouco demais”, como diria a Adelaide.
Nesse mundo de Meu Deus, cheio de Sueellens, Evelyns, Vanessas, e Brendas, nosso rei foi logo namorar Maria Clara, cálida e clássica, como o próprio nome.
Serena como uma lagoa, encantou o disputado moçoilo, com sua paciência oriental.
Ele se esmerava em gestos românticos, viagens rápidas, vinho sob o luar.
Ela? Sorria. Observadora, fala sempre muito pouco. Mas quando abre a boca, dita uma sentença.
Tudo ia bem até que, aparentemente de repente, Maria foi mais Clara e encerrou, com um beijo terno e um longo abraço, o romance que nos aquecia, a todas. De inveja, inclusive.
O que teria acontecido?
Ela? Sorriu - sempre sorri - e disse: “Nada não. Apenas achei que é muito mais confortável ser ex. O Arthur é um amor, mas ainda não chegou lá...”
“Lá onde, criatura?”
“Não sabe virar a página, mantém todas num único capítulo e a leitura fica cansativa. A história dele tem personagens demais...”
Bingo!Dá-lhe Maria Clara, redentora das figurantes.
Lá pelas dez, próprio entrou no bar. Que gato.
Cumprimentou cada uma com um elogio, mãos que afagam nucas, olhos nos olhos.
Grande especialista em endo-marketing. Safado!
Com a Clara, demorou-se mais, acertando detalhes para apanhar o carro dela para revisão, levar o bichano no pet e outros servicinhos..
Grande sacada. De boba ela nunca teve nada.
Despediu-se, deixando um rastro de bom perfume e suspiros.
Difícil acreditar que um homem “daqueles” ainda não tivesse amadurecido para perceber que se comportava como um...gato.
Noites a fio, rondando muros alheios e voltando só, para casa.
Todas que atendem os seus telefonemas melosos, que fingem que morrem de amores por ele, têm um rei de verdade em casa, a quem são fiéis, defendem como leoas e não aceitam a menor possibilidade de dividir as atenções.
O Arthur? Ora, meu bem...ele só é um ex, um gato, que não pertence a ninguém...
Quem se importa realmente com ele?
Lidamos com nossos relacionamentos das maneiras mais variadas.
Algumas pessoas eliminam quem já fez parte de seus dias – não cumprimentam nem em velório de parente. Outras, conseguem um meio-termo salutar, uma relação elegante.
Há quem esqueça que em seus arquivos existe uma pasta chamada “passado”, e, para desespero de quem está no presente, cercam-se de todos os “exs”.
Homens não aceitam isso de suas parceiras, que não devem ter “passado” e pronto.
Porém muitos a-do-ram a comunhão com amigas, todas ex-alguma-coisa.
Arthur, é extremamente gentil, mais do que o normal, com to-das as mulheres que passaram mais que uma semana em sua companhia. Chama-as de “meu anjo” – muito prático, assim, nem se esforça para lembrar o nome de quem está pendurada, no outro lado da linha.
É convocado quando o pneu fura, as cólicas aparecem, o gato sobe no muro ou um parente falece na Albânia. Solidariedade é com ele.
É o rei da carona – tem sempre que levar ou deixar alguma mulher, em algum lugar.
Tenta fazer o gênero sincero e atende as ligações na frente da namorada, pois assim, acha que não haverá como discutir sua fidelidade.
E após um tête-à-tête – não podemos negar que o apolo é sedutor – procura no celular ligações não atendidas e retorna cada uma.Na frente da que se acha titular e ainda está procurando as calcinhas.
Titular? Sim, como todo time que se preza, o banco de reservas é disputado.Ruim, é ser tão somente, a “capitã” desse time.
Acontece que mulher adora ser enganada, meu bem!
Vai dividir o belo e os minutos que ele oferece, até perceber que sobra um pedacinho, pouco maior do que o “das outras”.
Aí, já é “um pouco demais”, como diria a Adelaide.
Nesse mundo de Meu Deus, cheio de Sueellens, Evelyns, Vanessas, e Brendas, nosso rei foi logo namorar Maria Clara, cálida e clássica, como o próprio nome.
Serena como uma lagoa, encantou o disputado moçoilo, com sua paciência oriental.
Ele se esmerava em gestos românticos, viagens rápidas, vinho sob o luar.
Ela? Sorria. Observadora, fala sempre muito pouco. Mas quando abre a boca, dita uma sentença.
Tudo ia bem até que, aparentemente de repente, Maria foi mais Clara e encerrou, com um beijo terno e um longo abraço, o romance que nos aquecia, a todas. De inveja, inclusive.
O que teria acontecido?
Ela? Sorriu - sempre sorri - e disse: “Nada não. Apenas achei que é muito mais confortável ser ex. O Arthur é um amor, mas ainda não chegou lá...”
“Lá onde, criatura?”
“Não sabe virar a página, mantém todas num único capítulo e a leitura fica cansativa. A história dele tem personagens demais...”
Bingo!Dá-lhe Maria Clara, redentora das figurantes.
Lá pelas dez, próprio entrou no bar. Que gato.
Cumprimentou cada uma com um elogio, mãos que afagam nucas, olhos nos olhos.
Grande especialista em endo-marketing. Safado!
Com a Clara, demorou-se mais, acertando detalhes para apanhar o carro dela para revisão, levar o bichano no pet e outros servicinhos..
Grande sacada. De boba ela nunca teve nada.
Despediu-se, deixando um rastro de bom perfume e suspiros.
Difícil acreditar que um homem “daqueles” ainda não tivesse amadurecido para perceber que se comportava como um...gato.
Noites a fio, rondando muros alheios e voltando só, para casa.
Todas que atendem os seus telefonemas melosos, que fingem que morrem de amores por ele, têm um rei de verdade em casa, a quem são fiéis, defendem como leoas e não aceitam a menor possibilidade de dividir as atenções.
O Arthur? Ora, meu bem...ele só é um ex, um gato, que não pertence a ninguém...
Quem se importa realmente com ele?
Imagem: 3 gatos e 3 ratos. (http://elotopia.net/blog/?p=309) "Esse sítio" é lindo!
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