terça-feira, 12 de abril de 2011

Mudei de casa!

Amigos, Em razão de problemas técnicos, estou em www.veracascaes.wordpress.com Espero que aprovem. Vera

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Da série Opinião e Pescoço:Tem que parecer!

É apenas a minha opinião.

Agora que o trauma está um pouco menor, e sem perder o respeito às vítimas...



Certas coisas parecem bobagem, mas não são; principalmente quando se trata de comunicação.
Durante a comoção do desabamento do Real Class, o que mais se esperava era a coletiva, ocasião em que a Real Engenharia daria o primeiro pronunciamento sobre o fato.



Agora me diz...Quem foi o infeliz (ou a) que escolheu aquele modelito "empresário de Caras" para o engenheiro Carlos Otávio Paes usar e deixar uma gravata cor-de-rosa roubar a seriedade do momento? O homem parecia pronto para um casamento na Santo Alexandre!
Tenho certeza que ele estava tristíssimo e arrasado mas...tinha que parecer assim.



Uma assessoria de comunicação/imagem teria aconselhado a tirar a gravata, abrir o colarinho, usar um paletó mais surrado (menos elegante, menos "arrogante"), a barba não precisava ser feita com capricho...Enfim, é como honestidade. Não adianta só "ser", tem que "parecer".

Foto: Internet

Sobre prefeitos e outros artistas

Quem é o pior?

Confesso que após assistir o entrevero do tal Amazonino com a conterrânea quase sem teto, cheguei a encaminhar a notícia para amigos, minutos depois de divulgada na internet. Se soubesse que causaria tanta "comoção", teria ficado calada, pois agora não estou irritada só com o prefeito de Manaus, mas e principalmente, com muitos paraenses.
Explico antes que você me linche ou venha me dizer que eu não amo o Pará, mas vamos ser franco – e honestos- certo?
Diga-me aqui, no pé do ouvido como diria meu pai, por que razão ou circunstância o prefeito de Manaus precisaria ficar “bem na foto” com os paraenses? Só para manter a pose? Para enganar o povo? Ah, então tá, começamos a falar de política – ou melhor, de políticos. O Amazonino que se lixe, ele não nos interessa, nem nós a ele- essa é a verdade.
É claro que é chato ver alguém fazendo publicamente o que quase todos fazem por baixo dos panos – longe dos flashes: tratando mal e com franqueza (ainda que ela seja horrível!) o próximo - no caso o eleitor, oriundo seja lá de onde for.
Nós fazemos isso o tempo todo, cara pálida! Essa rixa não existe em mão única e é exatamente a mesma com relação aos portugueses - que revidam tratando brasileiras sem nenhum respeito: lá, a princípio, somos todas desfrutáveis. E a vida continua.
Manauaras detestam paraenses e vice e versa. E daí? Alguém já se indignou com essas briguinhas idiotas? Algum político moveu uma palha – o ou traseiro- para amenizar essas arestas?
Quero que o Amazonino se exploda, mas o que mais me irrita é ver que o paraense rebelou-se contra um político caquético, (legítimo representante das saúvas que também causaram prejuízos por aqui) mas quando se trata de defender a terrinha dos nossos próprios políticos, ninguém se habilita. Chego a acreditar que a distância facilita tanta gente que vive como cordeirinho, a ensaiar essas manifestações de paraensismo - que desaparecem quando o prefeito está (ou deveria) logo ali.
Pelo menos o prefeito deles está nas ruas, cuidando - da maneira dele- da cidade que vai muito bem, obrigada. E o nosso? Onde anda esse prefeito que deixa a cidade imunda, que larga obras inacabadas; que não planeja nada, vai abrindo e fazendo como dá?
Onde estão esses mesmos políticos que prometem processar Deus e o Amazonino, quando o problema é no mesmo aquário onde nadam e se alimentam? Cadê esse monte de corajosos que parecem apenas buscar espaço na mídia e na mente dos ingênuos? Cadê?
Fala sério: quem nos causa maior mal? O amazonense falastrão que conta com excelente índice de popularidade em Manaus (agora mais ainda!) ou o nosso homem invisível?
Quando você viu Belém pior do que está hoje? E o que eles, os colegas políticos, têm feito a respeito? Prometer porrada no Amazonino é fácil e é coisa de oportunista, afinal, a distância garante a segurança. Defender a sua cidade e colocar "o seu" em risco, nem pensar, não é?
O prefeito (que recebe verbas para manter a cidade) agora está pedindo que empresas e instituições “adotem” as praças. Que meigo! E ninguém pergunta nada, tem até quem comemore. Se amanhã tivermos que “adotar” postos de saúde, escolas e limpeza pública, ninguém vai estranhar, não é mesmo? Todo mundo brincando de prefeito e ele brincando de esconde-esconde.
Bem, no frigir desses ovos podres, a gente vai acabar achando que mantê-lo longe, é o melhor negócio. Ele poderia pelo menos, achar uns amazonenses para destratar frente às câmeras. Mas será que tem algum?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Duciomar é mau feito um picapau!


Duciomar não é só um péssimo prefeito. Como ser humano, parece que deixa muito - muitíssimo - a desejar. O funcionalismo municipal que o diga.
Dudu decidiu promover um daqueles recadastramentos que ninguém explica - ou entende. Se fosse aquela história de atualizar endereço, estado civil ou pedir prova de vida mesmo, ainda vá lá. Mas exigir cópia de CPF, PIS, Pasep, Título de eleitor e outros documentos vitalícios...? Dudu deve estar de brincadeira.
Tem aposentado que não tem mais uma série de documentos que, queremos acreditar, a Prefeitura tem - ou deveria ter- muito bem guardado.Como alguém pode conseguir o documento de nomeção depois de décadas? Se morar numa das ruas que Dudu deixa mergulhar na lama, então, não dá para guardar nem figurinha...
Mas o pior mesmo é que Dudu, o insensível, determinou o bloqueio dos vencimentos de quem não fez o famigerado recadastramento. Em uma unidadade de saúde praticamente todo mundo ficou sem salário.
Será que alguém pensou no que passa uma pessoa que não tem outra fonte, sem seu salário? O que ela diz à Celpa ou à farmácia? Dudu não pensou nisso, nem no resto.
Segundo fontes do Ipamb, "o diretor" de cada unidade deveria ter orientado os servidores; então tá. Aviso no contra-cheque, nem pensar. Meio de comunicação é só para lero-lero, né?
Sequestro de salário é uma violência, uma arbitrariedade, um ato desumano de quem não tem nenhuma consideração com o próximo - imagina com o nem tão próximo.
Duciomar, o mau feito o picapau, desconhece o que é respeito; basta ver o que faz com a cidade que o elegeu.
Que vergonha, senhor alcaide!
Aliás, alguém viu o Duciomar por aí?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Para uma neta


Andei pensando no que diria, com toda a sinceridade, a uma neta que hoje estivesse entrando na adolescência. Porque neta e não filha? Por que hoje, com uma filha casada, já aprendi mais do que sabia quando ela adolescia - na adolescência elas pensam que sabem tudo e o que quer que você imagine para seu futuro - o delas - irá corresponder ao que elas escolheram.
Hoje tenho uma visão muito mais clara do efeito dessas escolhas sobre nossas vidas. Viver é abrir mão.
Não, nem tente me convencer que os mais habilidosos conseguem conquistar "tudo", encaixar todos os sonhos. Certas coisas são inconciliáveis.

Antes, o dilema de toda mulher era escolher entre família e carreira. Isso sempre me pareceu uma enorme bobagem, afinal, raramente a carreira de quem já havia casado era algo assim, “uma Brastemp”. Sem menosprezar ninguém, qual é o problema entre ser médica e ter marido e filhos em casa? O mesmo que enfrenta a sua doméstica, com a diferença que ela balança quatro horas por dia num busão fedorento e tem grandes possibilidades de encontrar o marido bêbado - ou pronto para uma briga “daquelas”.

Foi-se, há muito, o tempo em que mulheres escolhiam “não trabalhar fora”. Hoje, só as privilegiadas por uma situação financeira confortável, podem escolher administrar a casa e educar os filhos full time. Na verdade, muitas que têm todo o tempo livre, preferem ficar nas academias, nos shoppings e coisa e tal, a acompanhar a vidinha dos filhotes. Sei de mulheres que aturam qualquer coisa das babás e empregadas; tu-do, menos “tomar conta dos filhos”. Enfim, cada qual no seu quadrado.

O que eu realmente gostaria de dizer para uma neta é que ser mãe vale a pena. Mas que se eu soubesse tudo o que sei, teria feito muita coisa antes. Coisas que a maternidade adia ou simplesmente, cancela. Eu queria muito sair de casa e ver o mundo – e achei que casar era o próximo passo. Poderia não ter sido.
Hoje eu teria viajado - muito e mais cedo do que imaginam. Não proporcionei isso à minha filha, além daquelas viagens rotineiras para o circuito Disney e companhia que, culturalmente, quase nada acrescentam. Quando percebi o quanto passar uma temporada na Europa (principalmente) ou nos Estados Unidos (um tanto menos) poderia significar na história de vida, ela já tinha laços afetivos e suas próprias escolhas que não incluíam estar longe daqui.

Por tudo isso, eu tentaria chamar a atenção de uma neta para as coisas que ela teria possibilidades reais de viver – e que, se “focasse” a questão casamento e família, provavelmente jamais teria outra chance. Viajar, viver fora, encarar o modo de viver europeu de pessoas iguais a nós, onde cada um limpa o próprio banheiro e frita o próprio bife. Ter a chance de aprender na prática o quando mais importante é “ser” do que “ter”. Desculpem o trocadilho, mas não tem preço.

Não conheço uma mulher que tenha conseguido ir atrás de sonhos assim, depois de incluírem marido e filhos no roteiro. Aliás, conheci uma, que estava na Itália e encarou uma seleção para coro de uma igreja (ou uma escola de música, não estou certa!), e acabou ficando dois anos na...Toscana!
Ao ouvir essa história, fiquei extremamente feliz, pois mesmo tendo um filho, ela teve a coragem de ousar ficar dois anos longe; claro que isso só foi possível por causa dos avós que ficaram com a criança etc. Mas é difícil encontrar mulheres capazes de escolhas que, para os homens, são corriqueiras.
É da mulher se sentir como os pilares do templo; carregamos tudo às costas: família e companheiros.
Então, diria... Vá, minha criança. Explore o mundo, viaje, aprenda e seja feliz. Um dia, quando escolher a maternidade, será a melhor mãe que puder ser. E ainda assim, não deixe de realizar aqueles pequenos sonhos que às vezes parecem impossíveis. Filhos de mães que sabem soltar as rédeas e têm vida própria são mais felizes, acredite.
Voe, voe muito. E me conte como é o cheiro do mar do Hawaii, a vida naquela ilha da Grécia, o vinho tomado na Ribeira, na cidade do Porto.
Acumule recordações e não tralhas - isso é ser, realmente, rico.